Primitivo Paes
Meu moleque carvoeiro
Ô, meu poeta menino,
Meu Jorge Amado carioca
Meu copo de cajuína,
Meu trem doido da Central
Meu Rio lindo, minha sina.
Minha Fernanda Montenegro,
Minha Elizete Divina.
Meu Ziraldo maluquinho,
Você é doido menino!...
És o Rio de Janeiro
Meu Aterro do Flamengo,
O Maracanã lotado
Já viu que coisa maluca?
Quero ver Carmem Miranda
Lá no Cassino da Urca!...
Dizendo ao velho Caymmi
O que é que a baiana tem.
Quero Dolores Duran
Com a Noite do Meu Bem.
Você que é carioca
É meu poeta contista,
Me diga, existe no mundo
Uma coisa mais bonita?
Amigo Dalberto Gomes
Meu poeta, quem és tu?
Eu junto a Barra da Tijuca,
Zona Oeste, Zona Sul
Meu Campo Grande querido
Meu Cassino de Bangu.
A Pedra de Guaratiba
Cidade de Santa Cruz
Meu Vinicius de Moraes
E a linda Dama da Noite:
Clementina de Jesus!
Aí, meu garoto esperto,
Meu coração de poeta
Ficou liso, igual sabão.
Seu livro virou tablado
Com o maior rebolado
Das mulatas Sargentelle
Na palma da minha mão!
Primitivo e o Poeta Dalberto Gomes na Exposição de Fotos de Hélcio Peynado e Malu Ravagnani
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