Ao Poeta Primitivo Paes
“Esse que passa por aí, senhores,
de olhos castanhos, de fidalgo porte...”
Quando Primitivo Paes brotou no sertão,
Nosso Pai determinou, o dedo em riste:
“nasceu um grande vate nordestino.
Esse cabra da peste vai ser declamador.
Vai iluminar com seu canto
A bela região de Campo Grande,
banhada pelo Rio da Prata
no seu construtivo deslizar.”
Assim que o poeta encontrou
o campo que Seu Pai designou,
sentiu-se identificado.
Tomou posse, sempre aplaudido por todos.
E agora, poeta, canta,
vai burilando o teu canto
no seio daqueles montes
no aconchego do povo amigo
e dos poetas de Campo Grande
Todos vão caminhando
e vão cantando contigo
Desata a tua poesia
amorosa, emotiva, grandiosa.
Adoça a vivência do povo
desta região sofrida.
Canta, cumprindo o prescrito pelo Pai.
“ Não é que esse Primitivo Paes,
cabra danado da peste,
Tornou-se a Patativa da Zona Oeste?”
Canta para iluminar o Portal 12:12,
Portal de ascenso para o regresso
da insigne manada...
Vai cantando, poeta, vai cantando.
Assim, o povo te escutando,
não precisa de mais nada.
Rio,28/05/2012.
Feliz aniversário, poeta. Diga lá, que eu canto cá. Essa “terrinha” já forneceu muitos versos ao Planeta, não é mesmo? Mas, como os de Primitivo Paes, com sua carga emotiva, são raros. Beijos poéticos da amiga Neide Amback.