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Primitivo Paes nasceu em Pernambuco. Viveu em São Paulo e mudou-se para o Rio de Janeiro. Pai de duas filhas e avô de três netos. É poeta, declamador. Formado como ator. Premiado e homenageado inúmeras vezes por diversas instituições. Prêmio Expressão Cultural 2006 da Coordenadoria Regional de Cultura da Prefeitura do Rio de Janeiro como melhor Declamador. Tem seus poemas publicados em inúmeras antologias em todo o Estado. Participação nas três últimas feiras da Bienal do Livro no Rio de Janeiro. Lançou em 2004 o livro “Livro de Poemas”. Já soma mais de 1000 apresentações em escolas, praças públicas e teatros em todo o Estado do Rio de Janeiro. Em 2007 apresentou-se ao lado de Poetas oriundos da Guiné-Bissau durante o X Fórum de Responsabilidade Social na FEUC, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Participou das XVI, XVII, XVIII e XIX edições da Semana de Letras da FEUC. Em 2009, participou da I Mostra de Poesia Brasileira de Maricá. Em 2008, participou de uma Exposição de Artes Plásticas e Poesias no Centro Cultural Ariano Suassuna, na Barra da Tijuca.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Nova Exposição com Primitivo Paes

Exposição de Artes e Poesia no Clube Militar no Centro do Rio de Janeiro
22 a 30 deJunho de 2010
Endereço: Avenida Rio Branco nº 251, Centro RJ -
Em frente do Teatro Municipal do RJ. - Brasil
Curadora: Edy Silveira
Autor do Quadro: Marcio Carneiro - Taubaté - São Paulo
Título: Extinção
Poema: Começo
de Primitivo Paes







COMEÇO

PRIMITIVO PAES

São duas moças bonitas
Mostrando, sem preconceitos,
Seu corpo, sua nudez
A arte e sua cultura.
Todo seu jeito de ser
Ainda pode mostrar.
Alguém pode censurar
Com olhar interrogativo
Mas esse é o jeito nativo
Do Índio se apresentar...
Sua origem vem da terra,
Da água, do vento, do mar!
Do seu jeito primitivo,
Esse lado bom da vida
Para o mundo apreciar.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Primitivo Paes e Júlio Corrêa no Youtube

Primitivo Paes e Júlio Corrêa - Foto tirada na noite de autógrafos do Livro "E-mails para Clarice", do Escritor Júlio Corrêa na XIX Semana de Letras da FEUC.
Eles são dois grandes nomes da poesia carioca e deram um show nesse evento em homenagem ao saudoso poeta e escritor Roberto Sobral. A apresentação foi em 2008 na Casa do Marinheiro no Rio de Janeiro. Pra conferir é só clicar no link:
http://www.youtube.com/watch?v=LZuCfk46FbI
Ou, no Google digitar: Casa do Marinheiro - Concurso de Poesia. É imperdível.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Poema: A Natureza / Tigres

Exposição de Poesias e Artes Plásticas - Outubro de 2008
CENTRO CULTURAL ARIANO SUASSUNA -BARRA DA TIJUCA RIO DE JANEIRO
Obra: Tigres
Artista -Charlene Moreira
Poema: A Natureza
Autor: Primitivo Paes
Curadora: Edy Silveira





A NATUREZA
PRIMITIVO PAES


O amor existe nas sementes,
Quando semeadas no ciclo de sua germinação,
E no período de seu crescimento.
Esse é o amor da natureza!
E na floresta o amor selvagem
Entre dois felinos
É amor ou convivência.
Na poesia tudo é amor!
Olhe a obra pronta
E veja a sutileza das mãos da autora...
Fique em silêncio,
Viaje no mar da poesia
E escreva um verso de amor!

Exposição de Poesia e Artes Plásticas no Aeroporto Santos Dumont

11-6-2010 a 11-7-2010 -SAGUÃO DO AEROPORTO SANTOS DUMONT
Quadro de Francilva
Poema de Primitivo Paes
Curadora: Edy Silveira


Poema de Primitivo Paes
Sobre a obra do Artista Plástico “Francilva”
– Rio de Janeiro – RJ

FELICIDADE
PRIMITIVO PAES – RJ

Na simplicidade da vida,
Veja só, não pode existir
Coisa mais bela:
A expressão do menino vem da alma
O sorriso da mãe, nos olhos dela.
A proteção do seu filho, no futuro,
É tudo que ela vê na passarela...
Nem precisa ler este poema,
A felicidade está na frente dela.
Toda riqueza do mundo, para os dois,
Está interpretada nessa tela.


MULTIPLUS "ARTES COM POESIAS”
Artistas, Compositores e Poetas
I SALÃO DE ARTES PLÁSTICAS DA CIA EDY ART
AEROPORTO SANTOS DUMONT – RJ
11 de Junho à 11 de Julho de 2010
Curadora e Produtora Cultural Edinira Silveira

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Primitivo e amigos na XIX Semana de Letras da FEUC











Capa do 1º livro do Poeta Primitivo Paes


Primitivo: "Além das Torres do Kremlin"

Em 1958, foi publicado o livro do jornalista Flávio Costa "Além das Torres do Kremlin: do Brasil à China", relato de viagem que conta a história da ida de uma delegação de brasileiros, em 1955, aos países europeus (socialistas) à China e à União Soviética. Entre os brasileiros que estavam nessa viagem, destaca-se o Poeta Primitivo Paes, que viria a se tornar um dos principais líderes sindicais do país nas décadas posteriores. O livro é raro e consta do acervo da biblioteca de Faculdades como a USP, por exemplo.

Primitivo e amigos 08


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Primitivo e amigos 03


Primitivo e amigos - 02

Felicidades, Poeta!

Primitivo Paes e amigos - 01

FELIZ ANIVERSÁRIO, POETA!
82 ANOS DE LUTA E AMOR PELA HUMANIDADE.
MEMORIAL Nº. 01
Primitivo Paes e amigos.

Mais CIEP 187 - Outubro 2009


Primitivo no CIEP 187



O poeta Primitivo, a professora Marizete, a professora Gilcéa e o poeta Erivelto Reis - CIEP 187 Benedito Laranjeiras - Out. 2009.

Primitivo na Universidade Castelo Branco

Primitivo declama no palco do Teatro da Universidade Castelo Branco, observado pelo cantor e compositor Fábio Nunes.

Primitivo Paes no Centro Universitário Moacyr Bastos - Exposição 105mm de Hélcio Peynado e Malu Ravagnani

Primitivo Paes (72 anos - "na verdade 82, cara Malu"), foi retratado pelo Hélcio Peynado e nos brindou com sua dupla presença. Aqui ele declama o poema “E agora José?” de Carlos Drummond de Andrade. Aparecendo na foto, à direita: Mestre Saul (artista plástico), ao centro: Zenaide (atriz) - "e, à esquerda, a própria Malu Ravagnani, que assina a Legenda dessa belíssima foto". Fonte: helciopeynado.blog.terra.com.br / Maio de 2010.

ESCUTA PAI

ESCUTA PAI
Primitivo Paes

Antes era você que ocupava meu espaço
Não sei se o Senhor subiu
Ou desceu pro andar de baixo.
Lembro que o Senhor dizia:
Já tô sentindo o cansaço
Tô igual cana caiana,
Quando passa pelo engenho
Vira caldo, desaparece,
Só resta mesmo o bagaço.

A vida é um desafio,
Às vezes me embaraço
O passado me ajuda,
Gosto muito do que faço
Só não gosto de despedida,
Eu choro como palhaço
Fico igual lua minguante
Quando aparece no céu
Está faltando um pedaço!

Vou seguindo o mesmo passo
Na grande estrada da vida
Procurando a mesma trilha
Com duas filhas, três netos, dois genros
Que maravilha!
Vou procurando meu rumo
Na construção da família!

"MINHA CIDADE"

"MINHA CIDADE"

PRIMITIVO PAES DA SILVA

(Poema veiculado no site www.portalmirante.com
com leves diferenças em relação à publicação no livro do autor - Livro de Poemas, 2004, p. 15)


Mais que cidade limpa, e tão tranqüila,

Com suas ruas longas e bem cuidadas,

O seu asfalto negro reluzente...

Reflete a sombra das arvores enfileiradas.

Uma chuvinha fina, peneirando,

Aumenta mais o sossego aconchegante,

A praça da Matriz, com seu jardim,

É orgulho do povo de Mirante.


Avenida Brasil, silenciosa.

Seus canteiros, ao centro ornamentados,

Com lindas arvores, produzindo boa sombra,

E filtrando o ar que por nós é respirado.

Eu conheci, o Mirante pequenino,

Sua mentalidade mudou, fico contente

Agora vejo um povo progressista,

À bem da verdade, eu digo, inteligente.


O sol de inverno embranquecido.

Refletindo nas vidraças, seus clarões,

Antigamente só havia rádio à pilha

Hoje em dia só se vê televisões!

E a cidade crescendo, na planície.


Com seus jardins, suas casas imponentes.

Muitas vezes a cismar sozinho a noite,

Sinto saudades do povo de Mirante.


Aquela ruazinha estreita mais antiga

Seus canteiros trabalhados com critério,

Queria andar do começo ao seu final,

Eu queria descobrir o seu mistério!...

Mas eu confesso, ruazinha eu tenho medo,

Você passa bem em frente ao cemitério!...


Cidade calma tranqüila e pacata.

Funcionando com muita eficiência,

Com seus bancos, hospitais e prefeitura

Beneficiando o povo adjacente.

Eu conheci o Mirante: Era uma vila,

Hoje é cidade, o progresso é seu tema,

Eu envelheci, e tenho saudades

Do Mirante, do meu Paranapanema!


MINHA CIDADE - versão 2004

Mas que saudade limpa e tranquila!
Suas ruas largas, bem cuidadas.
Seu asfalto negro, reluzente,
Reflete a sombra das árvores enfileiradas.
Uma chuvinha fina vai caindo

Aumentando o sossego aconchegante.
A praça da Matriz, com seu jardim
É o orgulho do povo do Mirante!

Avenida Brasil, silenciosa
Seus canteiros, ao centro ornamentados
Com lindas árvores, produzindo boa sombra
Filtrando o ar que por nós é respirado.
Eu gosto de você, cidadezinha,
Vou contigo relembrando meu passado,
Oh! Ruazinha, antiga, mas estreita,
De calçadas trabalhadas como critério
Eu quero ir do começo ao teu final
Eu queria descobrir o teu mistério.
Mas eu confesso, ruazinha, eu tenho medo,
Você passa mesmo em frente ao cemitério.

Gosto muito de você, cidadezinha,
Seu progresso, seu passado, seu presente.
Esse povo corajoso, nordestino,
E os japoneses vindos do Oriente
Fizeram destas matas, capoeiras
Fizeram do palmital, nosso tema
Construindo, com orgulho essa cidade
O meu Mirante, do meu Parapanema.*

* A família de Primitivo Paes foi uma das fundadoras da Cidade, no interior do Estado de São Paulo.

MENINO, QUEM É VOCÊ?

MENINO, QUEM É VOCÊ?
Primitivo Paes


Meu moleque carvoeiro
Ô, meu poeta menino,

Meu Jorge Amado carioca
Meu copo de cajuína,
Meu trem doido da Central
Meu Rio lindo, minha sina.

Minha Fernanda Montenegro,
Minha Elizete Divina.
Meu Ziraldo maluquinho,
Você é doido menino!...

És o Rio de Janeiro
Meu Aterro do Flamengo,
O Maracanã lotado
Já viu que coisa maluca?
Quero ver Carmem Miranda
Lá no Cassino da Urca!...

Dizendo ao velho Caymmi
O que é que a baiana tem.
Quero Dolores Duran
Com a Noite do Meu Bem.

Você que é carioca
É meu poeta contista,
Me diga, existe no mundo
Uma coisa mais bonita?

Amigo Dalberto Gomes
Meu poeta, quem és tu?
Eu junto a Barra da Tijuca,
Zona Oeste, Zona Sul
Meu Campo Grande querido
Meu Cassino de Bangu.


A Pedra de Guaratiba
Cidade de Santa Cruz
Meu Vinicius de Moraes
E a linda Dama da Noite:
Clementina de Jesus!

Aí, meu garoto esperto,
Meu coração de poeta
Ficou liso, igual sabão.
Seu livro virou tablado
Com o maior rebolado
Das mulatas Sargentelle
Na palma da minha mão!






Primitivo e o Poeta Dalberto Gomes na Exposição de Fotos de Hélcio Peynado e Malu Ravagnani

Primitivo Paes fotografado para Exposição

Primitivo Paes
Fotografado por Hélcio Peynado para exposição produzida por Malu Ravagnani.

Rótulo do CD São Poemas de Primitivo Paes

Rótulo do CD de Poesias de Primitivo Paes
Desde 2004, já teve tiragem superior a duas mil cópias.

CAMPO GRANDE

CAMPO GRANDE
Primitivo Paes


Campo Grande, eu te adoro! Me trazes lembranças mil...
Orgulho dos moradores: Rio, Central do Brasil.
Entre a Serra das Araras, veja só que maravilha,
Vem a Serra do Mendanha e depois a Serra da Ilha.

Já no tempo do Império havia muita artimanha
Eram grandes latifúndios muita plantação de cana,
Muita criação de gado e sítios lindos de laranjas.

A casa grande da fazenda, de estilo colonial,
Rodeada de varandas era o refúgio do Senhor,
Mas quem mandava era a Sinhá dando as ordens pra senzala,
Perto do canavial, no comando do feitor.

Comércio muito fluente: café, cana-de-açúcar,
Arroz, milho e feijão era a produção rural
De toda essa região. Havia muita riqueza,
Era um grande desempenho, era um verdadeiro império
Dos Senhores de Engenho.

Quantas gerações se foram: vidas alegres e tristonhas...
Diziam os antepassados, Os Cirandeiros da Cana,
Que essas planícies foram feitas com as lavas de um vulcão,
Que soltava fogo em chamas, lá na Serra do Mendanha!

Não consigo mais escrever o que se passou na História
Se eu fizer mais duas linhas,
Não vai sair letras, eu choro!
Só posso dizer sorrindo:
Meu Campo Grande, eu te adoro!



RIO ADULTO

RIO ADULTO
Primitivo Paes

Rio de Janeiro querido
Como eu gosto de você!
Isso é verdade, eu confesso,
Mesmo havendo controvérsia
Por onde quer que eu ande
Não consigo te esquecer.
Minhas idéias dispersas
Vou juntando, uma por uma,
Misturando a emoção
Passa pelo coração
E faço versos pra você.

Escuta, meu Rio amigo,
O que eu tenho pra dizer,
Você já era bonito
Antes de acontecer,
Foi a Floresta da Tijuca
A mãe que te viu nascer!
Cidade Maravilhosa
De praias e grandes rochedos,
Geraste filhos tão lindos
Como Arthur Azevedo,

E minha Chiquinha Gonzaga
Eliminando meus medos.
Noel Rosa talentoso,
Vila Isabel te corteja
Com o Feitiço da Vila,
E a linda Araci de Almeida!
Enfeitando nossas vidas
Nesse mar misterioso
Construindo nossa história
Revelando teus segredos.

Você fez aniversário
Eu fiz junto com você...
Eu ainda era menino
Agora vou descrever.
Quando eu ficava triste
Que chorava sem querer,
Olhava tua grandeza
Essa obra da natureza,
Rio que me fez poeta...
Fui crescendo com você!

Agora já és adulto
Me abrace por favor!
Eu só quero um abraço
Quero sentir seu calor
Pois já sou filho adotivo,
Do seu Cristo Redentor!

CARRO DE BOI


CARRO DE BOI
PRIMITIVO PAES
Quando amanhece o dia lá na roça,
Vai surgindo no céu, lindo clarão.
Lá vem o carro de boi descendo a serra,
E o carreiro cantando uma canção.
Uma saudade enorme, a dor no peito
De um amor distante que se foi,
A canção de nostalgia é do carreiro,
Mas o lamento é seu, carro de boi!...
E quando penso nas coisas lá da roça,
Meu pensamento voa assim, à-toa,
Relembro de você, carro de boi,
Gemendo, descendo a serra, que coisa boa!
E sinto dentro de mim uma emoção,
Uma saudade, assim como se diz.
Estou envelhecendo, carro de boi,
Mas se eu ouvir sua canção, serei feliz!
Seu canto me faz lembrar da cachoeira
Caindo lenta, formando um rio de prata,
Dos passarinhos cantando nos galhos verdes,
Do cricri dos grilos em serenata...
Hoje em dia, só me resta uma lembrança:
Da minha infância e das coisas lá da roça.
Vejo você abandonado no terreiro,
E eu te olhando no recanto da palhoça!...